quarta-feira, 27 de julho de 2011

Oslo Superstar

A minha grande escolha de profissão, ainda eu andava no secundário, era ser profiler.  Na época, sem CSI's, Mentes Criminosas ou um Dr. Lightman para influenciar, era no crime organizado e nos sociopatas que residia uma grande curiosidade pela mente destes tipos. Queria saber, afinal, o que nos diferenciava, os planos, como conseguiram levar tudo a cabo. A sua forma de pensar tinha de ser diferente.Neste âmbito também adorei conhecer ladrões com charme de outros tempos quando assaltavam casinos ou milionários só para impressionar uma mulher, tornando-se muitas vezes o motivo de tudo isto, para o acto e para a cadeia.

Ora, seguindo o meu raciocínio e lendo alguns livros sem ser (de longe!) um especialista mas porque até segui a especialidade, não consigo compreender muito bem o tratamento que estão a dar ao "ser", com cara e pose de quem atraca de popa, por ter feito aquilo que tanto se fala em todas as redes, de Oslo à Cova do Vapor.

Um "ser" que quer matar tanta gente, planeia tudo e ainda se deixa apanhar, quer apenas o mediatismo de tudo isto. Quer ser reconhecido. Quer ser a estrela de Oslo e que nunca mais esqueçam a cara dele.

E o facto é que ele está a conseguir. Infelizmente as pessoas têm o fascínio de saber quem fez só pela curiosidade. É mais ou menos como estar numa auto-estrada e toda a gente abrandar o carro para ver o acidente. Ás vezes até há feridos, mas "era só mesmo para ver, obrigadinho".

Com isto quero dizer o quê? Que me assusta esta forma de estar destes "seres" porque são alimentados por aquilo que nós mais oferecemos: reconhecimento e fama.

Só a família deveria ter acesso a esse conhecimento, o resto era história sem rosto como ele merecia.

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