quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Corrupção da Nova Geração


                                                                    Mapa Mundi da Corrupção


Continuo a pensar com quase toda a certeza que a minha geração irá colocar o país na rota do crescimento e da igualdade social. Mantenho a chama individual acesa e vejo que à minha volta estão dos profissionais mais competentes e dos empreendedores mais inteligentes que conheci e que vão seguramente colocar Portugal no mapa da Competência. Trabalharam muito, trabalham muito e não seguiram o conselho do nosso primeiro nem do outro imberbe que começou a fazer a barba ontem para emigrar.

E é aqui que quero pegar e dizer duas ou três coisas que me fazem confusão ou a razão pela qual eu não tirei o "quase" da minha primeira frase deste texto.

Recebi no Facebook um convite de um colega de faculdade que era, como aluno, medíocre. Nem mais abaixo nem mais acima, apenas medíocre. No entanto, em trabalhos de grupo era aquele que estava sempre disponível e normalmente era ele que fazia de interlocutor com os professores combinando os atendimentos, apresentações e reuniões de trabalho. Era um moço prestável, fanático da bola (membro de uma claque) e um grande companheiro sendo verdadeiro, humilde e honesto. Não era uma mente brilhante mas era uma pessoa bastante esforçada.

Entretanto, no Facebook, a sua mensagem chocou-me.. Não falávamos há algum tempo e seguimos caminhos díspares no que toca a escolhas profissionais mas o contacto soube-me bem. Trocámos algumas confidências "como estas", "família", "estudos" e finalmente "trabalho". Aqui, confesso, caí. De acordo com o meu colega, tinha-se inscrito numa associação que por sua vez lhe abriu portas para um partido, que por sua vez esse partido colocou-o numa assembleia e que por sua vez o Dr. da Assembleia arranjou-lhe um mega tacho numa câmara. E ganhava bem.

Vejo por aqui que alguma da minha geração apanhou os tiques de um Dias Loureiro ou de um Armando Vara. Embora lhe reconheça o mérito da honestidade do trabalho da faculdade não lhe reconheço o nível profissional para ocupar a profissão que tem neste momento. Através de um tacho, conseguiu um emprego. A ganhar como se estivesse no pico da carreira. Tudo isto nos meandros da política, um esgoto a céu aberto. Nojento e acima de tudo, faz-me colocar o "quase" naquele tipo de frases.

Tenho esperança que este tipo de merdas acabe e que seja a minha geração, de punho orgulhosamente erguido, que inicie uma nova era. No fundo gostava que fosse como nos Estados Unidos onde se entra para a política se a nível profissional foste muito bom, se fizeste crescer uma empresa, se contribuíste para o crescimento do País, se estudaste numa faculdade de excelência, se obtiveste resultados, onde trabalhaste e, acima de tudo, se toda a gente conhece o teu percurso e te reconhece competência. Caso não tenhas sido nada disto, nem entras. Isto tudo porque ouvir "políticos" de 18 e 19 anos falar sobre SNS, Emprego ou a Emigração mata-me de riso e esta merda tem de acabar. Assim como Deputados que trabalharam 2 anos e não sabem rigorosamente nada daquilo que estão a falar, a fazer ou sequer a olhar.

Encham-se de moscas, por favor.


 

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